quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Matemática cantante


Ai o ponteiro da tortura
naquela sala
que a matemática tornava mais escura
em vez de iluminá-la.

Felizmente só o nada-de-mim ficava lá dentro.

O resto corria no pátio-em-que-nos-sonhamos,
pássaro a aprender os cálculos do vento
aos saltos para os ramos.

Mas só quando voltava para casa à tardinha
encontrava a minha verdadeira matemática à espera
na lógica dura das teclas do piano,
no perfil-oiro-pedra da vizinha,
na flauta de água macia do tanque
- chuva de Mozart nos zincos da Primavera...

Matemática cantante.


José Gomes Ferreira

2 comentários:

Academia Luísa Todi disse...

Espero que gostem deste poema, este fala-nos das aulas de matemática do antigamente e da música tão presente na nossa academia. Sabiam que a matemática e a música são muito parecidas?

Hermínia Nunes

Academia Luísa Todi disse...

Tambem acho que a matematica e a musica são muito parecidas.

Maryam 6ºano